quinta-feira, 19 de março de 2015

HQ: a expressão da Literatura do Pará em quadrinhos


1. Justificativas
O projeto “HQ: a expressão da Literatura do Pará em Quadrinhos”vem contribuir  para que nossa literatura faça parte definitivamente  do universo de nossa escola. Sabe-se que as histórias em quadrinhos são excelentes ferramentas de incentivo à leitura, pois a associação de textos e imagens torna o ato de ler mais atraente e dinâmico e os elementos gráficos facilitam a compreensão do texto. É um gênero que atrai crianças e adultos, então, nada melhor para promover a literatura paraense transformando-a em quadrinhos  através do olhar do próprio aluno.
A combinação da leitura desses autores, arte (desenho) e informática é outro fator fundamental nesta ação para o aluno, pois além da facilidade da criança com o desenho, as ferramentas digitais, como GIMP e HagáQuê facilitam o aprendizado, visto que estas motivam ainda mais os alunos na produção das atividades.  
Além disso, essa “facilidade” de produção promovida pelas ferramentas digitais faz com que os nossos alunos, mesmo não possuindo a habilidade de desenhar, produzam as suas histórias sintam-se como verdadeiros profissionais, pois ao transformar as leituras feitas em  HQs, eles não brincam apenas de escrever quadrinhos, mas têm a oportunidade de acessar as suas capacidades de linguagem e aprimorá-las por meio de uma atividade sistemática e situada socialmente. Vale destacar também que a questão da autonomia aqui é fundamental, pois o produto final destas ações será a exposição dos desenhos, banners, cartazes, fotos, revistas impressas e digitais e, sabe-se da importância para o aluno ver seu trabalho reconhecido e admirado pela comunidade.

2. Objetivos
-Geral
·         Ler obras de escritores  paraenses e a partir delas produzir histórias em quadrinhos na versão impressa e digital utilizando o programa HagáQuê.

-Específicos
·         Incentivar e promover a leitura de obras literárias, de autores paraenses, no espaço escolar através de diferentes gêneros e suportes;
·         Conhecer e aplicar as características das histórias em quadrinho: como balões, legendas, tipos de letra, linguagem, onomatopeias, tirinhas, personagens, etc;
·         Produzir história em quadrinho artesanal;
·         Utilizar os programas de desenho (Paint), edição de imagens (GIMP) e HagáQuê para criação e produção de histórias em quadrinhos no computador.

3. Autores e obras trabalhadas:
-Leitura das lendas A moça do táxi e A matinta do Acampamento, de Walcyr Monteiro;
-Leitura da lenda Matinta Perera, de Antonio Tavernard;
-Leitura e audição da música Matinta Perera e Foi boto, sinhá, de Antonio Tavernard;
-Leitura e audição da música Mapinguari, cantada pelo grupo Boi Caprichoso
-Apresentação de vídeos das lendas Matinta Perera, Mapinguari e A moça do táxi.

4. Metodologia
            Para produção das HQs, primeiramente, foram feitas as leituras das obras dos escritores Walcyr Monteiro e Antonio Tavernard. Para ampliar o repertório e dar mais suporte aos alunos levamos músicas e vídeos sobre o tema das obras estudadas: lendas.
            Escolhidas as lendas, os alunos foram levados a criar histórias em quadrinhos a partir das lendas escolhidas: Mapinguari, A moça do táxi e Matinta Perera. Para tanto, eles reescreveram a lenda, em seguida, criaram um roteiro para a produção das cenas da HQ.
            Com a ajuda do professor de Artes e Sala de Leitura, os alunos participaram de uma oficina sobre as características das HQs. Depois, desenharam os personagens e as cenas para serem digitalizados.
            Na sala de informática, alguns alunos tentaram criar esses mesmos desenhos no editor de desenho, outros fizeram o tratamento da imagem já feitos na aula de artes.
            Depois do tratamento da imagem, os alunos foram apresentados ao HagáQuê e, com a ajuda do professor de informática, foram orientados na criação de HQs a partir dos desenhos criados e manipulados por eles nas aulas anteriores.

Algumas histórias:

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Reflexão

"O nascimento do pensamento é igual ao nascimento de uma criança: tudo começa com um ato de amor. Uma semente há de ser depositada no ventre vazio. E a semente do pensamento é o sonho. Por isso os educadores, antes de serem especialistas em ferramentas do saber, deveriam ser especialistas em amor: intérpretes de sonhos.”

Rubem Alves