Ruy
Guilherme Paranatinga Barata nasceu em Santarém, 25 de junho de 1920 foi poeta,
político, advogado, professor e compositor brasileiro – e paraense.
Filho
único de Maria José (Dona Noca) Paranatinga Barata e do advogado Alarico de
Barros Barata. Recebeu o nome Rui em virtude da admiração paterna por Rui
Barbosa. O indígena Paranatinga vem do lado materno, que significa rio
(paraná) branco (tinga).
Foi
alfabetizado pelo pai. Aos dez anos vem para Belém para continuar os estudos.
Primeiro, no internato do Colégio Moderno; depois, no Colégio Nossa Senhora de Nazaré, dirigido pelos Irmãos Marista e em 1938, entrou para a Faculdade de Direito do Pará.
Primeiro, no internato do Colégio Moderno; depois, no Colégio Nossa Senhora de Nazaré, dirigido pelos Irmãos Marista e em 1938, entrou para a Faculdade de Direito do Pará.
Em meio
aos estudos jurídicos sente aumentar a paixão pela poesia tanto que em 1943,
publicou seu primeiro livro de poemas Anjo dos Abismos, pela José Olympio
Editora, com o decisivo apoio do romancista paraense Dalcídio Jurandir.
Nessa
época, o pai de Ruy, Alarico Barata, exercia forte liderança política na região
do baixo amazonas contra a violência do chamado Baratismo, liderado pelo caudilho
Joaquim Magalhães de Cardoso Barata.
Em
decorrência dessa luta contra o autoritarismo de Magalhães Barata, Rui
Guilherme Paranatinga Barata entra na política partidária e, aos 26 anos, em
1946, é eleito deputado para a Assembléia Constituinte do Pará, pelo Partido
Social Progressista (PSP).
Foi
reeleito, foi deputado federal e militante do Partido Comunista Brasileiro, o
Partidão. Em 1964, com o golpe militar, foi preso, demitido de seu cartório
(então 4º Ofício do Cível e Comércio da Comarca de Belém) e aposentado
compulsoriamente do cargo de professor da Faculdade de Filosofia da
Universidade Federal do Pará, com menos de 10% de seus proventos.
A partir
de 1967, Ruy Barata, que tinha, desde a juventude, uma estreita ligação com a
música, passa a compor em parceria com seu filho, o então jovem músico e
instrumentista Paulo André Barata. Ruy mostra-se um exímio letrista para as
melodias do filho. Compõem dezenas de músicas, de cunho rural e urbano, que se
tornaram sucessos nacionais e internacionais.
Ruy
Barata morreu em 23 de abril de 1990, durante uma cirurgia, em São Paulo, para
onde viajara a fim de coletar dados sobre a passagem de Mário de Andrade pela
Amazônia.
Ruy
Guilherme Paranatinga Barata foi e, pelo menos através de sua obra, continua
sendo um dos encantados da poesia. O Pajé que veio das "profundas" e
instalou a modernidade da poesia paraoara (adjetivo que caracteriza o natural
do Pará). Seu próprio nome traz essa identidade: PARANATINGA, na região,
significa rio (paraná) branco (tinga) ou, como queiram, rio de águas claras.
Sua relação com a Amazônia e elemento essente, as águas, é como se fosse
predestinada. Isso sem falar que nasceu na esquina (ou "canto" como
fala o paraense) dos rios Tapajós e Amazonas, na cidade de Santarém.
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