Raimundo Alonso Pinheiro Rocha nasceu em Belém em 15 de
dezembro de 1926 e morreu em 23 de fevereiro de 2010, filho do poeta Rocha
Júnior e Adalgiza Guimarães Pinheiro Rocha.
Foi IV Príncipe dos poetas do Pará, Raimundo ocupou
a cadeira número 32 da Academia Paraense de Letras desde 22 de Novembro de 1996.
Por profissão, trabalhou como bancário, atuando também no sindicalismo no
período de 1954 a 1976.
Seu livro de poesias Pelas Mãos do Vento, obteve os
prêmios Vespasiano Ramos (1954) da Academia Paraense de Letras E Santa Helena
magno (1955) do governo do Estado do Pará. Em (2.004) foi presidente (por 4º.
Mandato) da União Brasileira de Trovadores – seção Belém, tendo promovido em
1997 o I Jogos Florais de Belém, bem como o XIII Concurso nacional de Trovas no
ano de 2.002/Belém-Pará.
A trova, forma poética que cultivou somente há
pouco tempo, proporcionou a Alonso Rocha inúmeras vitórias em Jogos Florais e
concursos pelo Brasil, notadamente no Pará, no Ceará, Minas Gerais, Rio de
Janeiro, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul.
Como sonetista, foi apontado como um dos melhores
dos últimos tempos e um dos maiores dos últimos 50 anos do Pará.
Malba Than, no livro A Lua (editora Luz, Rio, 1955)
publicou o seu soneto à “Lua Cheia” e o classificou como “autêntico Príncipe da
Poesia Contemporânea.
Poeta eclético, não aprisionado a escolas e sem
preconceito com qualquer forma de manifestação poética, Alonso Rocha foi
dinâmico colaborador da gestão e representatividade da Academia Paraense de
Letras.
Livros Publicados
-"Pelas Mãos do Vento" (poesia) -
1955
-"Bruno de Menezes" ou a Sutiliza
da Transição (Ensaio) - 1994
-"O Tempo e o Canto" (poesia) -
2009.
Caderno de Trovas
A igreja, as flores e o eleito,
ela de branco e eu tristonho;
foi o cenário perfeito
para o enterro de meu sonho.
ela de branco e eu tristonho;
foi o cenário perfeito
para o enterro de meu sonho.
Quem se julga eterno herdeiro
de um mundo farto e bizarro,
esquece que Deus – o Oleiro –
cobra o retorno do barro.
de um mundo farto e bizarro,
esquece que Deus – o Oleiro –
cobra o retorno do barro.
Por que tanto preconceito,
cobiça, orgulho e ambição,
se os homens só têm direito
a sete palmos do chão.
cobiça, orgulho e ambição,
se os homens só têm direito
a sete palmos do chão.
Ao lembrar que o teu brinquedo
é decifrar-me, sorrio…
– De nada vale o segredo
de um velho cofre vazio.
é decifrar-me, sorrio…
– De nada vale o segredo
de um velho cofre vazio.
[...]
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