Céu azul
A refulgência etérea dessa luz
Há sons,
Há carícias cetinosas
Como o aroma levíssimo das rosas,
E, pelas searas, tons
De magnífica beleza,
Donde, suave, reluz
O fúlgido esplendor da Natureza.
O azulíneo lençol do firmamento,
Todo o momento,
Cobrindo os prados
Atapetados
Duma formosa e límpida verdura,
Mostra a forte, a ampla prodigalidade
De vida
Que a Providência cede à criatura,
Aos seres todos em qualquer idade.
Alma querida,
Deslumbra-te no azul do firmamento!
Nessa abóboda infinita,
Onde se espelha e rútila palpita
A seiva da Criação,
Não existe o isolamento
Que nos perturba sempre o coração.
Esquece a Terra,
Esquece o mundo,
Que unicamente desventura encerra
Como um pélago profundo...A simpatia
A simpatia é um condão formoso
Que prende as almas sempiternamente,
Traço de luz bendito e radioso,
Iluminando o ser suavemente.
Hino vibrado em dia fulguroso
Pelos amantes corações da gente.
Não há ninguém feliz ou desditoso
Que à simpatia um meigo olhar não tente.
Quem não se enleva à graça de uns sorrisos?
Quem a maviosa voz não se arrebata.,
Supondo-se viver em paraísos?
Todos vivem no sol dessa magia...
E se de fato a simpatia mata,
Por ti eu vivo, doce simpatia.
Tiradentes
Um novo sol raiou à Independência
e a liberdade posto que tardia,
representando a força e a consciência
de emblema da bandeira serviria.
A idéia mater, a abençoada essência
Da gigantesca luta, refulgia
No cérebro do Herói da Inconfidência,
Cujo feito na Pátria inda irradia:
Astro de um brilho intenso, redivivo,
Aurora de um futuro alvissareiro,
-aquela noite transformou-se em dia!
E Tiradentes, o Imortal, o Vivo,
Será na História deste povo inteiro
O novo Cristo da Democracia.
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